segunda-feira, fevereiro 05, 2007

O “saudoso” pinheiro do Banzão


Alguém se lembra do enorme pinheiro que existiu no Banzão, mesmo em frente da estação dos carros eléctricos?
Não sei o que aconteceu ao certo, mas penso que secou.
Hoje no mesmo local, está uma amostra de árvore que nunca mais cresce ou não a deixam crescer.
Nesta foto obtida no Verão de 1965, pode-se observar um autocarro da Companhia Sintra Atlântico dirigindo-se para as Azenhas do Mar, passando precisamente em frente do pinheiro.
Observem a beleza desse pinheiro.
Obviamente não existia o edifício do banco “perfeitamente enquadrado” com o local, que aqui foi construído muitos anos mais tarde.
Para complemento, o autocarro da foto é o nº28 da frota da Sintra-Atlântico, marca “Maudslay”, de 1951.

6 comentários:

Anónimo disse...

Eu ainda me lembro muito bem do "Pinheiro do Banzão", qdo era pequena a paragem da carreira para a Praia das Maçãs era exactamente por baixo do mesmo.
Lembro-me de ter sido cortado, acho que na altura disseram que estava podre e tinha que ser cortado.
E plantaram ali aquela "coisa raquítica" há mais de 20 anos.

Ana Domingos

Anónimo disse...

Com a Adega Reginal de Colares ao fundo e a velha Pensão do "Chanca" mais junto da "Carreira" era uma boa época dos nossos quinze anos.

P Domingos

Anónimo disse...

Pena eu nesta altura ainda não tivesse acesso a máquinas fotograficas (pelo menos para a minha idade, na altura!) pois embora não seja bom fotografo tenho um certo gosto pela fotografia, embora por deformação "familiar" sejam mais as fotos de familia e afins.
Mas vamos ao que interessa, acerca deste autocarro, visionando melhor, lembrei-me de que esta carroçaria já era a segunda neste chassis e motorização.
A carroçaria original (desde a entrada na Sintra Atlântico) era muito mais à medida do longo curso e portanto mais pesada e com maior comudidade.
Esta seria uma carroçaria mais à linha de "urbanos".

P Domingos

Anónimo disse...

Lembro-me perfeitamente do lindo pinheiro.
Morreu é certo, mas a sua triste história "entronca" na ocupação da pensão Hermínia pelos retornados por volta de 75, 76. O "gigante" não resistiu às inúmeras vezes que lhe deitaram águas das lavagens da roupa. Quem se não lembra de por lá passar e ver sempre o chão molhado com uma agua esbranquiçada? O pinheiro aguentou ainda algum tempo depois da saída dos seus carrascos mas inevitavelmente as suas raízes ficaram contaminadas. Morreu agoniando lentamente, não porque estava velho demais, ou porque algum projecto urbanístico o condenasse à serra, mas sim pela mão dos que foram insensíveis à sua beleza e que irresponsavelmente o mataram pensando zero na natureza.

PFGFR disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PFGFR disse...

O pinheiro foi cortado porque as raízes provocavam lombas na estrada. Fui vizinho de um senhor que trabalhava na CMS na altura e foi a justificação que ele deu. Importa esclarecer que os nossos conterrâneos (sim, porque passaram a sê-lo) "retornados" não ocuparam nada. A Pensão Hermínia foi fretada pelo IARN para que eles pudessem viver. E era nossa obrigação acolhê-los com carinho: eram refugiados, gente que perdeu tudo por terem sido traídos pelo nosso governo e que tiveram de fugir das ex-províncias ultramarinas para não serem chacinados. Abriram casas comerciais (p. ex. o Tizeca - depois Chimoio -, o quiosque dos jornais do Sr. Maurício, na Várzea, etc., etc.). Eram gente trabalhadora e sofrida. É com orgulho que tive entre estes "ocupantes" vários colegas de escola na Sarrazola, amigos e até namoradas, e enoja-me profundamente que se fale desta desafortunada gente com desdém.
Paulo Rodrigues